Em um exercício simulado, policiais encontraram uma bomba no Santuário de Aparecida do Norte (SP), que Francisco visita hoje, mas nem precisavam achá-la. “A principal segurança do papa é o entusiasmo, a tradição de paz e de fraternidade do povo brasileiro”, assegurou Gilberto Carvalho, o secretário-geral da Presidência, com aquela fé na garantia das próprias palavras quase tão certa quanto a do Seu Creysson.
No dia seguinte aos versículos de Carvalho, alguns “manifestantes” mostraram toda sua fraternidade ao depredar todo o bairro do Leblon, após tentativa frustrada de cercar o prédio onde mora o governador Sérgio Cabral.
Já em sua chegada, Francisco foi pop no Centro do Rio, onde seu desfile em carro aberto e sem blindagem teve a sorte de receber só love. Mas isso porque Laranjeiras, onde ele seria recebido no Palácio Guanabara, já se preparava para mais um protesto bem pacífico, com direito a fechar ruas, incendiar postes e soltar bombas. A PM ainda deu uma força, ao prender dois militantes que transmitiam os atos e dar ares de mártires a quem, de fato, não correu grande risco.
No Brasil fraterno de Gilberto, a paz invade os corações de forma a nunca perdermos a Copa do Mundo do número absoluto de homicídios. Somos imbatíveis, com placares de 43 mil a 51 mil assassinados por ano. Já na proporção por habitantes, ao invés do ranking da Fifa, nunca saímos do G-10. Se o papa não quiser levar um tiro à queima-roupa, é uma boa ideia negar 51 mil vezes o que diz o apóstolo do Planalto.
"Eu agarantcho!"
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